Meus queridos Irmãos,
A liturgia deste domingo nos fala da grandiosidade do mistério de nossa fé. Somos convidados a refletirmos sobre A VIDA DO BOM PASTOR. O Bom Pastor que conhece as suas ovelhas e as chama pelo nome. Assim, sempre no quarto domingo da Páscoa, somos convidados a refletirmos sobre a figura do Bom Pastor, à luz do Cristo vitorioso, presente e ativo no meio da comunidade dos fiéis, única porta de acesso ao Reino das Bem-Aventuranças.
Jesus é o Bom Pastor, por isso Jesus não deixa, em tempo algum, nada faltar para as suas ovelhas. O próprio Senhor prometeu dar ao povo pastores dignos, corajosos, responsáveis, capazes de dar a sua vida em benefício de todos os fiéis. Jesus é apresentado no Evangelho como o BOM PASTOR enviado pelo Pai, para apascentar e pastorear o rebanho: “Eu sou o Bom pastor.... Eu dou a vida pelas ovelhas... nenhuma se perderá!”. Isso significa que o Bom Pastor tem que dar, se necessário, a sua vida pelas ovelhas que conhece e chama pelo nome.
Assim três devem ser as atitudes dos pastores que, seguindo os passos do Sumo Pastor Jesus, devem dar a sua vida pelas suas ovelhas: A ESCUTA, O CONHECIMENTO E O SEGUIMENTO de Cristo.
Meus caros irmãos,
A Primeira Leitura hodierna (cf. At. 13,14.43-52) apresenta a pregação de Paulo em Antioquia da Psídia, mas como uma orientação para o mundo pagão. À partir de Pentecostes, o Evangelho inicia seu caminho “até os confins da terra” (cf. At 1,8). São Paulo se dirige aos judeus na diáspora, mas, diante da rejeição destes, anuncia o Evangelho aos pagãos, o que os judeus consideram como uma traição. Mistério da vocação de Paulo, o fariseu: chamado para levar o Evangelho aos pagãos! Nesse sentido todos nós devemos ser autênticos discípulos-missionários de Jesus Cristo anunciando o Cordeiro de Deus e anunciando esta verdade a todos os povos e a todas as gentes. Quem está instalado em sua “igrejinha”, não gosta de ouvir este apelo evangélico. Assim aconteceu com Paulo e Barnabé, quando foram pregar para os judeus de Antioquia da Psídia (na Turquia). O resultado foi muito bom para os pagãos, pois rejeitados pelos judeus Paulo e Barnabé se dirigiram a eles (Primeira Leitura).
A Boa Nova de Jesus é uma viva e autêntica proposta que é dirigida a todos os homens, de todas as raças e nações; não se trata de uma proposta fechada, exclusivista, destinada a um grupo de eleitos, mas de uma proposta universal, que se destina a todos os homens, sem exceção. O que é decisivo não é ter nascido neste ou naquele ambiente, mas é a capacidade de se deixar desafiar pela proposta de Jesus, de acolher com simplicidade, alegria e entusiasmo essa proposta e de partir, todos os dias, para esse caminho onde o nosso Deus nos propõe encontrar a vida nova, a vida verdadeira, a vida total.
Irmãos e Irmãs,
O Evangelho deste domingo fala da figura de Cristo, o Bom Pastor (Jo 10,27-30). O Bom Pastor deve estar intimamente ligado com o Cristo. Todos nós, especialmente, nossos pastores devem estar intimamente ligados às mãos do Cristo Pastor. Depositemos nossa confiança nas mãos do Bom Pastor que se fez Cordeiro de Deus que tira os pecados da humanidade. E depositando nossa confiança e segurança nas mãos de Deus seremos sempre protegidos pelo Senhor da Vida e da História. Sim, estar na mão de Cristo é estar na mão de Deus, porque “Eu e o Pai somos um (cf. Jo 10, 30)”.
Jesus promete a vida eterna para quem o Seguir e Anunciar e Viver o Seu Evangelho. Para São João, a vida eterna é sim, a vida futura no céu, na plenitude do Reino, mas é também a vida presente, quando vivida na intimidade com Deus.
Meus queridos Irmãos,
Todos nós somos convidados hoje a OUVIR A VOZ DE DEUS, CONHECER DE QUEM É A VOZ, SEGUIR QUEM NOS CHAMOU. Esses três passos valem não somente para o caminhar da vocação religiosa ou sacerdotal. Vale, sobremaneira, para a nossa vocação de batizados, para o nosso sacerdócio comum de todos os fiéis que seguem a Cristo e recebem a adesão ao seu Batismo.
Vocação de todos nós: OUVIR A VOZ DE DEUS, CONHECER DE QUEM É A VOZ E SEGUIR QUEM NOS CHAMOU, OU SEJA, JESUS CRISTO MORTO E RESSUSCITADO.
Todos nós somos convidados a estar atento à VOZ DE DEUS. A iniciativa do chamado é sempre de Deus. Costumamos conhecer as pessoas pela voz. Com facilidade distinguimos uma voz da outra. Isso nem sempre acontece com a voz de Deus. Porque ela não se escuta pelos ouvidos, mas pelo coração. Corações para o alto, coração reto, consciência equilibrada e generosa distingue a voz de Deus. Assim todos nos somos convidados a ouvir a voz de Deus com atenção e com unção. Ouvir a voz de Deus com o coração aberto, com toda a nossa inteligência e o nosso ser, para como São Paulo exclamar: “Não sou eu que vivo, é CRISTO QUE VIVE EM MIM!” (cf. Gl 2,20).
Por conseguinte, somos, finalmente, convidados, a seguir Jesus e trilhar o seu caminho que é caminho de salvação.
Irmãos e Irmãs,
Deus é “mistério”. Não conseguimos concebê-lo com clareza. Ele é grande demais para que o possamos descrever. É a “instância última” de nossa vida. Mas Jesus o torna acessível, visível. Podemos orientar nossa vida para a instância última graças a Jesus que nos conduz, se a ele nós confiamos. Jesus está unido a Deus que, para nós, ele é a presença de Deus em pessoa. Nele, estamos em Deus. Deus é a pastagem, a felicidade para onde Jesus-Pastor nos conduz.
A missão do Bom Pastor, que é Cristo, é dar vida às ovelhas. Ao longo do Evangelho, João descreve, precisamente, a ação de Jesus como uma recriação do homem, no sentido de fazer nascer o Homem Novo (cf. Jo 3,3.5-6), o homem da vida em plenitude, o homem total, o homem que, seguindo Jesus, se torna “filho de Deus” (cf. Jo 1,12) e que é capaz de oferecer a vida por amor. Os que aceitam a proposta de vida que Jesus lhes faz não se perderão nunca (Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.– Jo 10,28), pois a qualidade de vida que Jesus lhes comunica supera a própria morte (cf. Jo 3,16;8,51). O próprio Jesus está disposto a defender os seus até dar a própria vida por eles (cf. Jo 10,11), a fim de que nada nem ninguém (os dirigentes, os que estão interessados em perpetuar mecanismos de egoísmo, de injustiça, de escravidão) possa privar os discípulos dessa vida plena. As ovelhas (os discípulos), por sua vez, têm de escutar a voz do Pastor e segui-Lo (cf. Jo 10,27). Isto significa que fazer parte do rebanho de Jesus é aderir a Ele, escutar as suas propostas, comprometer-se com Ele e, como Ele, entregar-se sem reservas numa vida de amor e de doação ao Pai e aos homens. O texto termina com uma referência à identificação plena entre o projeto do Pai e o projeto de Jesus: para ambos, o objetivo é fazer nascer uma nova humanidade. Em Jesus está presente e manifesta-se o plano salvador do Pai de dar vida eterna (vida plena) ao homem; através da ação de Jesus, a obra criadora de Deus atinge o seu ponto culminante.
Fica claro, pelo Evangelho, que o Bom Pastor é Cristo: só Ele nos conduz para as “pastagens verdadeiras”, onde encontramos vida em plenitude. Nas nossas comunidades cristãs, temos pessoas que presidem e que animam. Podemos aceitar, sem problemas, que eles receberam essa missão de Cristo e da Igreja, apesar dos seus limites e imperfeições; mas convém igualmente ter presente que o nosso único Pastor, aquele que somos convidados a escutar e a seguir sem condições, é Cristo.
Caros irmãos,
Na segunda leitura (cf. Ap. 7,9.14b-17), este Pastor é apresentado como sendo o Cordeiro, vítima pascal, que resgata e liberta da escravidão as ovelhas que somos todos nós. Esta imagem vem completar a imagem do pastor. Pois um pastor parece muito chefe. Jesus é também ovelha, igual a nós, porém totalmente consagrada a Deus. Ele nos conduz a Deus, vivendo a nossa própria situação, exceto o pecado. O Cordeiro apascenta as ovelhas. No meio de uma série de catástrofes, o visionário do Apocalipse situa uma visão da assembléia celestial dos justos. O Cordeiro imolado é maior do que as forças negativas que assaltam o mundo. Reúne seu povo de todas as línguas e nações. Os mártires são as primícias do louvor universal ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
A Segunda leitura apresenta uma multidão imensa, inumerável, universal, pois pertence a todas as nações. Os que a compõem estão de pé, em sinal de vitória, pois participam da ressurreição de Cristo; levam túnicas brancas, o que indica que pertencem à esfera de Deus (o branco é a cor de Deus); aclamam com palmas (alusão à festa das tendas, uma festa celebrada no final das colheitas, marcada pela alegria e pelo louvor. Recorda o êxodo – quando os israelitas viveram em “tendas” – e, por influência de Zacarias 14,16, assume claras ressonâncias escatológicas. Na liturgia dessa festa, a multidão entrava em cortejo no recinto do Templo, agitando palmas e cantando) e louvam Deus e o “cordeiro”. Quem são estes? São os que “vieram da grande tribulação e que branquearam as vestes no sangue do cordeiro”, isto é, que suportaram a perseguição mais feroz e alcançaram a redenção pela entrega de Jesus (vers. 14). Que fazem eles? Estão diante de Deus tributando-Lhe o culto, dia e noite. Esse culto não é o somatório de um conjunto de ritos, mas, antes de mais, a permanente e gozosa presença diante de Deus e do “cordeiro”. A “Festa das Tendas” fazia alusão à marcha do Povo de Deus pelo deserto, desde a terra da escravidão até à terra da liberdade. A referência a esta festa neste contexto significa que se cumpre, agora, o novo e definitivo êxodo: depois da intervenção final de Deus na história, a multidão dos que aderiram ao “cordeiro” e acolheram a sua proposta de salvação, alcançaram a libertação definitiva, foram acolhidos na “tenda” de Deus; aí, não os alcançará mais a morte, o sofrimento, as lágrimas… Cristo ressuscitado, sentado no trono, é o pastor deste novo Povo, e que o conduz para “as fontes de águas vivas” – isto é, em direção à plenitude dos bens definitivos, onde brota a fonte da vida plena. A resposta positiva à oferta de salvação que Deus nos faz introduz em nós um novo dinamismo; esse dinamismo fortalece a nossa coragem e permite-nos continuar a lutar, desde já, pela concretização do novo céu e da nova terra.
Caros irmãos,
Esta celebração, nas suas três leituras, fala, ao mesmo tempo, da identidade do pastor e da identidade das ovelhas ou do rebanho, bem como da ligação entre pastor e rebanho. O fio que os une é a escuta ou o ouvir, para ser mais fiel ao texto. Ouvir é o mandamento por excelência do povo de Israel e, no Evangelho, aparece como o critério de reconhecimento: as ovelhas escutam a voz do pastor e, porque escutam, ele as conhece.
Na primeira leitura, novamente a escuta aparece como critério identificador, à diferença de que, ali, aqueles que têm por mandamento o “ouve, Israel” se recusam a ouvir a Palavra de Deus anunciada, enquanto os gentios, de quem não se exige tal conduta, a ouvem. Essa dinâmica de escuta e reconhecimento se completa na segunda leitura, que traz a imagem da recompensa dada àqueles que ouviram a voz do pastor e o seguiram.
O Pastor-Cordeiro é o Cristo, divino-humano e, por isso, Salvador desse rebanho. A imagem do Cordeiro-Pastor nos diz muito sobre Jesus Cristo e sobre nós mesmos. É a perfeita imagem da relação única de Cristo com a humanidade. O nosso pastor não é alguém distinto de nós, mas alguém como nós. Ele participa da nossa condição e sabe para quais pastagens nos conduzir, a fim de chegarmos em segurança ao redil de Deus.
Meus irmãos,
É pelo testemunho dos seus discípulos que Jesus continua a ser o BOM PASTOR no mundo inteiro, para todos os seres humanos. Jesus exerce esta função de modo especial pelos ministros ordenados, bispos, presbíteros e diáconos. Por isso, a Santa Igreja celebra neste domingo o 62o DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS E RELIGIOSAS. O Tema deste ano é: “Peregrinos de esperança: o dom da vida” e nela o saudoso Papa afirma que “a vocação é um dom precioso que Deus semeia nos corações, um chamado a sair de si mesmo para trilhar um caminho de amor e serviço”. Segundo Francisco, “cada vocação na Igreja – seja laical, seja ao ministério ordenado, seja à vida consagrada – é sinal da esperança que Deus nutre pelo mundo e por cada um dos seus filhos”. “Neste nosso tempo, muitos jovens sentem-se perdidos em relação ao futuro. Frequentemente vivem na incerteza quanto às perspectivas de emprego e, lá no fundo, experimentam uma crise de identidade que é uma crise de sentido e de valores, que a confusão digital torna ainda mais difícil de atravessar”, escreve o Papa. “A injustiça para com os fracos e os pobres, a indiferença do bem-estar egoísta e a violência da guerra ameaçam os projetos de vida boa que cultivam no seu íntimo”, sublinha Francisco. “Contudo, o Senhor, que conhece o coração do homem, não nos abandona na insegurança; pelo contrário, quer suscitar em cada um a consciência de ser amado, chamado e enviado como peregrino de esperança”, destaca. De acordo com o Papa, “os membros adultos da Igreja, especialmente os pastores”, são “convidados a acolher, discernir e acompanhar o caminho vocacional das novas gerações”, e “os jovens são chamados a ser nele protagonistas, ou melhor, coprotagonistas com o Espírito Santo, que suscita” neles “o desejo de fazer da vida um dom de amor”.
O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança: Em sua mensagem, o Papa se detém em três pontos: o primeiro, acolher o próprio caminho vocacional. Citando um trecho da Exortação Apostólica pós-sinodal Christus vivit, o Papa afirma que a vida dos jovens “não é «entretanto»" e que eles são "o agora de Deus”. “É necessário tomar consciência de que o dom da vida exige uma resposta generosa e fiel”, escreve Francisco, convidando os jovens a olharem “para os jovens santos e beatos que responderam com alegria ao chamado do Senhor: Santa Rosa de Lima, São Domingos Sávio, Santa Teresa do Menino Jesus, São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, os Beatos – que em breve serão Santos – Carlo Acutis e Pier Giorgio Frassati, e muitos outros”. “Cada um deles”, ressalta o falecido Pontífice, “viveu a vocação como um caminho para a felicidade plena, na relação com Jesus vivo. Quando escutamos a sua palavra, o nosso coração arde e sentimos o desejo de consagrar a vida a Deus! Desejamos descobrir de que modo, em que forma de vida é possível retribuir o amor que Ele primeiro nos dá”.
Segundo o Papa, "toda vocação, sentida na profundidade do coração, faz germinar uma resposta como impulso interior ao amor e ao serviço, como fonte de esperança e caridade e não como busca de autoafirmação. Vocação e esperança entrelaçam-se, portanto, no projeto divino pela alegria de cada homem e mulher, todos eles chamados em primeira pessoa a oferecer a sua vida pelos outros”.
O Papa recorda na mensagem que “são muitos os jovens que procuram conhecer o caminho que Deus os chama a percorrer: alguns constatam – muitas vezes com surpresa – a vocação ao sacerdócio ou à vida consagrada; outros descobrem a beleza do chamado ao matrimônio e à vida familiar, bem como ao compromisso com o bem comum e ao testemunho da fé entre colegas e amigos”.
“Toda vocação é animada pela esperança, que se traduz em confiança na Providência. Com efeito, para o cristão, ter esperança é mais do que um simples otimismo humano: é antes uma certeza enraizada na fé em Deus, que age na história de cada pessoa.” “E, deste modo, a vocação amadurece através do compromisso quotidiano de fidelidade ao Evangelho, na oração, no discernimento e no serviço”, escreve Francisco. O Papa recorda aos jovens que “a esperança em Deus não engana, porque Ele guia os passos de quem a Ele se entrega. O mundo precisa de jovens peregrinos de esperança, corajosos em dedicar a sua vida a Cristo, cheios de alegria por serem seus discípulos-missionários”.
A vocação passa por um caminho de discernimento: No segundo ponto, discernir o próprio caminho vocacional, Francisco escreve que “a descoberta da própria vocação passa por um caminho de discernimento. Este percurso nunca é solitário, mas desenvolve-se no seio da comunidade cristã e com ela”.
Segundo o Pontífice, o mundo induz os jovens “a fazer escolhas precipitadas e a encher os dias de barulho, impedindo a experiência de um silêncio aberto a Deus, que fala ao coração”. “Tenham a coragem de parar, de escutar dentro de vocês e de perguntar a Deus o que Ele sonha para vocês. O silêncio da oração é indispensável para “interpretar” o chamado de Deus na própria história e para dar uma resposta livre e consciente”, escreve Francisco.
De acordo com o Papa, o recolhimento ajuda a “compreender que todos podemos ser peregrinos de esperança se fizermos da nossa vida um dom, especialmente a serviço daqueles que habitam as periferias materiais e existenciais do mundo”. Segundo Francisco, “quem se põe a escutar Deus que chama não pode ignorar o grito de tantos irmãos e irmãs que se sentem excluídos, feridos e abandonados. Cada vocação abre para a missão de ser presença de Cristo onde mais se sente necessidade de luz e consolação. Em particular, os fiéis leigos são chamados a ser “sal, luz e fermento” do Reino de Deus, através do compromisso social e profissional”.
A vocação se fortalece na comunidade que crê, ama e espera. No terceiro ponto, acompanhar o caminho vocacional, o Papa convida “os agentes pastorais e vocacionais, especialmente os conselheiros espirituais”, a não terem “medo de acompanhar os jovens com a esperançosa e paciente confiança da pedagogia divina. Trata-se de ser para eles pessoas capazes de escuta e acolhimento respeitoso; pessoas em quem podem confiar, guias sábios, disponíveis para os ajudar e atentos a reconhecer os sinais de Deus no seu caminho”.
Francisco exorta a promover “o cuidado da vocação cristã nos vários campos da vida e da atividade humana, favorecendo a abertura espiritual de cada pessoa à voz de Deus. Para este fim, é importante que os itinerários educativos e pastorais contemplem espaços adequados para o acompanhamento das vocações”.
O Pontífice recorda que “a Igreja precisa de pastores, religiosos, missionários e esposos que, com confiança e esperança, saibam dizer “sim” ao Senhor. A vocação nunca é um tesouro que fica fechado no coração, mas cresce e se fortalece na comunidade que crê, ama e espera. E como ninguém pode responder sozinho ao chamado de Deus, todos temos necessidade da oração e do apoio dos nossos irmãos e irmãs”.
A Igreja é viva e fecunda quando gera novas vocações: De acordo com Francisco, “a Igreja é viva e fecunda quando gera novas vocações. E o mundo, muitas vezes inconscientemente, procura testemunhas de esperança que anunciem com a vida que seguir Cristo é fonte de alegria. Não nos cansemos de pedir ao Senhor novos operários para a sua messe, certos de que Ele continua chamando com amor”. “Queridos jovens, confio o seu seguimento de Jesus à intercessão de Maria, Mãe da Igreja e das vocações. Caminhem sempre como peregrinos da esperança no caminho do Evangelho”, conclui o Papa.
Devemos ressaltar que Jesus como Cordeiro e Pastor, ao mesmo tempo, favorece sua relação com as ovelhas, que são todos os membros da comunidade. Sendo também Cordeiro, ele conhece perfeitamente a condição humana e a situação de cada pessoa em particular. Por isso, podemos confiar nele e contar com sua presença na jornada da vida. Rezemos pelas vocações e pelas pessoas que já exercem função pastoral na comunidade, seja como ministro ordenado ou no estado laical.
Rezemos, sobretudo, para que Deus nos conceda cada dia mais bispos, padres e diáconos configurados com o que Cristo espera de cada um de nós: unção pastoral e novo ardor missionário vivendo aqui e agora a santidade eterna. Aleluia!
Padre Wagner Augusto Portugal.
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