“Jesus Cristo fez de
nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai. A ele glória e poder pelos
séculos dos séculos. Amém!” (At 1,16)
Meus irmãos e minhas irmãs,
A Missa do Crisma deve ser celebrada, preferencialmente, na
Quinta-feira Santa na Igreja Catedral, Sé de toda a Igreja Particular. Por
isso, o Senhor Arcebispo Metropolitano e os sacerdotes concelebram na Sé
Catedral Metropolitana. Constituídos, na última Ceia, “servos do Mistério”, realizam eles a unidade do seu sacerdócio
no único grande Sacerdote, Jesus Cristo. Nesta Santa Eucaristia manifesta-se o
mistério do sacerdócio de Jesus Cristo, participado pelos ministros
constituídos em cada Igreja local, que renovam hoje seu compromisso ao serviço
do povo de Deus.
O Arcebispo Metropolitano, acompanhado de seus bispos
auxiliares, devidamente cercado pelos outros sacerdotes, primeiros e
fundamentais colaboradores da ordem episcopal, abençoa os Santos Óleos, que
serão usados nos diversos sacramentos: o óleo do crisma, misturado com
perfumes, para significar o dom do Espírito no batismo, na crisma, na ordem; o
óleo para os catecúmenos, que será ministrado no Batismo quando o batizado
torna-se participante da Igreja e herdeiro da vida futura no céu; e o óleo para
os enfermos, sinal da força que liberta do mal e sustenta na provação da
doença. Através de uma realidade terrena já transformada pelo trabalho do homem
– o óleo – e de um gesto simples e familiar – a unção –, exprime-se a riqueza
da nova existência em Cristo, que o Espírito continua a transmitir à Igreja até
o fim dos séculos.
Logo no início desta celebração, lembrando as luminosas
palavras do Papa Bento XVI, quero repeti-las, bem escandidamente, as suas
palavras, que faço minhas: “dirijo uma palavra especial a vós, caros irmãos no
ministério sacerdotal. A Quinta-feira Santa é de modo particular o nosso dia.
Na hora da Última Ceia, o Senhor instituiu o sacerdócio neotestamentário. “Consagra-os
na verdade” (Jo 17, 17): pediu Ele ao Pai para os Apóstolos e para os
sacerdotes de todos os tempos. Com imensa gratidão pela nossa vocação e com
grande humildade por todas as nossas insuficiências, renovemos neste momento o
nosso “sim” ao chamamento do Senhor: Sim, quero unir-me intimamente ao Senhor
Jesus, renunciando a mim mesmo .... impelido pelo amor de Cristo” (Cf. http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/1003/33/,
último acesso em 01 de fevereiro de 2017).
Meus irmãos e minhas irmãs,
A Missa do Crisma é o momento propício para que façamos uma
reflexão sobre a importância da unidade entre o Presbitério ao redor de Seu
Arcebispo Metropolitano. Por isso a antífona da Entrada já canta: “Jesus Cristo fez de nós um reino e
sacerdotes para Deus, seu Pai. A ele a glória e poder pelos séculos dos
séculos, Amém!” (Ap 1,16).
A primeira leitura, retirada de Isaías (Is 6,1-3a.6a.8b-9),
descreve a missão do profeta como pregador da salvação e do amor de Deus pelo
seu povo, agora purificado pelo exílio no Egito. O objeto do seu anúncio é a
libertação, através da qual Deus reconduzirá o povo à sua terra, fará com ele
um novo pacto e o tornará um povo sacerdotal.
O anúncio da Boa Nova aos pobres é uma das obrigações
primeiras de todos os ministros ordenados. O bispo, como pontífice máximo da
sua Diocese, é o primeiro a se preocupar com os pequenos e os deserdados da
sorte. Os presbíteros, como primeiros colaboradores da ordem episcopal, são
também responsáveis em socorrer os pobres, anunciar a justiça e a liberdade que
vem de Deus, o Senhor Ressuscitado.
O verdadeiro sacerdote é aquele que se preocupa com as
pequenas coisas e com os pequenos do Reino de Deus. A aliança que será
celebrada eternamente pela Missa da Ceia do Senhor é a alegria que deve invadir
o coração de todos os ordenados no sentido de fazer uma aliança eterna entre o
sacerdócio real-ministerial e o sacerdócio batismal, entre o sacerdote-presbítero
e o sacerdote-batizado.
O autêntico sacerdote é, também, aquele que leva em
consideração a Eucaristia diária como o grande momento de seu ministério e de
sua ação pastoral. Assim nos ensina o Documento O PRESBÍTERO PASTOR E GUIA DA
COMUNIDADE PAROQUIAL: “Sem sacerdotes
verdadeiramente santos, seria muito difícil ter um bom laicado e tudo seria
como que apagado” (n. 27). E continua o documento: “O sacerdócio ministerial, na medida em que
configura ao ser e ao agir sacerdotais de Cristo, introduz uma novidade na vida
espiritual de quem recebeu esse dom. É uma vida espiritual conformada por meio
da participação do senhorio de Cristo na sua Igreja e que amadurece no serviço
ministerial à Igreja: uma santidade no ministério e pelo ministério” (n.
12).
Meus queridos irmãos,
A segunda leitura da Missa do Crisma é retirada do Livro do
Apocalipse (Ap 1,5-8). Estamos diante de uma releitura dos textos do Êxodo e
Isaías à luz do Evangelho de Nosso Senhor. Jesus, libertando-nos do pecado, faz
de todos nós o novo e definitivo povo sacerdotal. O conceito de sacerdócio
implica no de consagração, cujo sinal exterior é a unção com o óleo santo. Por
isso, a Santa Igreja Católica continua a consagrar os óleos que servirão para
assinalar a fronte de seus membros.
Jesus nos
libertou do pecado, a partir do seu sangue derramado na cruz, ele morreu,
ressuscitou e vive eternamente entre nós pelo Espírito Santo, e um dia voltará
e julgará cada um de acordo com as suas atitudes. Jesus é o Alfa e o Ômega e
existe desde sempre e para sempre.
Irmãos queridos,
O Evangelho de Lucas (Lc 4,16-21) nos ensina que na nova e
eterna aliança tudo tem valor, porque tudo procede do Ungido por excelência:
Jesus Cristo. Nele, como ele mesmo declara, realiza-se em plenitude o texto de
Is 6,1-2. Jesus demonstra através das obras a sua missão.
A missão de Jesus se prolonga na história pelo Colégio
Apostólico. Na missão de cada bispo e de cada presbítero está a missão
anunciada por Jesus: “O Espírito do
Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres;
enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da
vista, para restituir a liberdade aos oprimidos, e para proclamar um ano da
graça do Senhor”. Esta missão é cumprida, ou melhor, cumprimento da
missão do Antigo Testamento, conforme nos ensina a primeira leitura.
Esta missão de Jesus, dos apóstolos e dos ministros
sagrados deve ser renovada, perante a renovação das promessas sacerdotais dos
presbíteros para com o seu bispo. Os presbíteros respondem as indagações do
Senhor Arcebispo. Eles prometem conformar-se estreitamente ao Senhor Jesus, aos
mistérios de Cristo, ao amor de Deus, assumindo com amor a missão da Igreja. Os
presbíteros prometem ser fiéis distribuidores dos mistérios de Deus pela missão
de ensinar, pela santa eucaristia e demais celebrações litúrgicas, seguindo o
Cristo Cabeça e Pastor. Desprendimento dos bens materiais e profunda união com
o Arcebispo Metropolitano são apanágios básicos dos presbíteros no seguimento
de Jesus Cristo.
Jesus,
entrando na sinagoga, abre o Livro do profeta Isaías e toma posse dessa
Palavra. A Palavra de tantos anos atrás, proclamada sobre Isaías, torna-se,
agora, o lema da vida de Jesus. É Jesus quem toma posse da Palavra, e esta está
dizendo que o Espírito do Senhor está sobre Jesus, porque Ele foi consagrado
com a unção para anunciar aos pobres a libertação e a salvação.
Contemplemos,
hoje, a unção de Jesus, o enviado de Deus, aquele que veio para ser o Salvador,
pois é sobre Ele que paira a unção da graça, é sobre Ele que paira o Espírito
do Senhor. E Jesus age movido e direcionado pelo Espírito, e toma posse do
Espírito na sua vida, de modo que o Paráclito conduz Jesus, age n’Ele, por Ele
e através d’Ele para que a graça de Deus esteja atuando.
Veja a
consequência daquilo que é o ministério de Jesus. Vemos que a Palavra de Deus
chega aos corações, e a Palavra anunciada e proclamada com a unção de Deus
produz os Seus frutos. A Palavra anunciada com a unção de Deus produz os frutos
de cura, de libertação e de restauração.
É preciso
proclamar o Reino de Deus com unção, graça e direção do Senhor., com a Sua
graça e direção.
A Palavra
anunciada liberta o nosso coração do poder do mal. Não basta anunciar a
Palavra, é preciso anunciá-la com a unção; não basta proclamar o Reino de Deus,
é preciso proclamá-lo com a unção de Deus, com a Sua graça e direção. É preciso
ser movido, guiado e conduzido pelo Espírito como Jesus se deixou ser conduzido
por Ele.
Caros irmãos,
No dia de hoje devemos revisitar o Papa Bento XVI que
ensinou o valor dos sacramentos: “O centro do
culto da Igreja é o Sacramento. Sacramento significa que o primeiro a intervir
não somos nós homens, mas Deus que primeiro vem ao nosso encontro com o seu
agir, olha-nos e nos conduz até junto de si. E, existe ainda outra coisa
extraordinária: Deus nos toca por meio de realidades materiais, através de dons
da criação que Ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do
encontro entre nós e Ele mesmo. Quatro são os elementos da criação com os quais
o universo dos Sacramentos é construído: a água, o pão de trigo, o vinho e o
azeite. A água, como elemento básico e condição fundamental de toda a vida, é o
sinal essencial do Batismo, o ato através do qual uma pessoa torna-se cristã; o
ato do nascimento para uma vida nova. Enquanto a água é o elemento vital em
geral e, por isso, representa o acesso comum ao novo nascimento de todos como
cristãos, os outros três elementos pertencem à cultura do ambiente mediterrâneo.
Deste modo aludem ao ambiente histórico concreto, no qual o cristianismo se
desenvolveu. Deus agiu num lugar bem determinado da terra, verdadeiramente fez
história com os homens. Estes três elementos, por um lado, são dons da criação
e, por outro, são também indicações dos lugares da história de Deus junto de
nós. São uma síntese entre criação e história: dons de Deus que sempre nos
ligam com aqueles lugares do mundo onde Deus quis atuar conosco no tempo da
história, fazendo-se um de nós.” (cf. http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2010/documents/hf_ben-xvi_hom_20100401_messa-crismale.html,
último acesso em 10 de fevereiro de 2017)
Prezados irmãos,
A missa de hoje tem dois momentos muito significativos: o
primeiro é a renovação das promessas sacerdotais por parte do presbitério
reunido em torno do seu Bispo Diocesano. O segundo momento é a bênção dos
santos óleos.
Neste ano – relembrando o Papa Bento XVI – o Magno – vamos
transcrever parte de sua homilia que fala da história do sinal sagrado do óleo
consagrado: “Procurarei agora explicar brevemente o mistério deste sinal
sagrado na sua referência essencial à vocação sacerdotal. Já na antiguidade,
etimologias populares associaram a palavra grega “elaion” – óleo – com a
palavra “eleos” – misericórdia. De fato, nos vários Sacramentos, o óleo
consagrado é sempre sinal da misericórdia de Deus. Por isso, a unção para o sacerdócio
significa sempre também a missão de levar a misericórdia de Deus aos homens. Na
lâmpada da nossa vida, não deveria jamais faltar o óleo da misericórdia. Não
nos cansemos de procurá-lo a tempo junto do Senhor – no encontro com a sua
Palavra, recebendo os Sacramentos, demorando-nos em oração junto dele.
Através da história da pomba com o ramo de oliveira, que
anunciava o fim do dilúvio e, desse modo, a nova paz de Deus com o mundo dos
homens, tanto a pomba, como o ramo de oliveira e o mesmo óleo tornaram-se
símbolos da paz. Os cristãos dos primeiros séculos gostavam de ornamentar as
tumbas dos seus defuntos com a coroa da vitória e o ramo de oliveira, símbolo
da paz. Sabiam que Cristo venceu a morte e que os seus defuntos repousavam na
paz de Cristo. Eles mesmos sabiam que Cristo os esperava, que lhes tinha
prometido a paz que o mundo não é capaz de dar. Lembravam-se de que a primeira
palavra do Ressuscitado aos seus discípulos fora: “A paz esteja convosco!” (Jo 20,19).
Por assim dizer, Ele mesmo traz o ramo de oliveira, introduz a sua paz no
mundo. Anuncia a bondade salvífica de Deus. Ele é a nossa paz. Portanto, os
cristãos deverão ser pessoas de paz, pessoas que reconhecem e vivem o mistério
da Cruz como mistério da reconciliação. Cristo não vence com a espada, mas por
meio da Cruz. Vence, superando o ódio. Vence em virtude daquele amor maior que
é o seu. A Cruz de Cristo diz “não” à violência. E, justamente assim, ela é o
sinal da vitória de Deus, que anuncia o novo caminho de Jesus. A vítima foi
mais forte que os detentores de poder. Na sua auto-doação na Cruz, Cristo
venceu a violência. Como sacerdotes, somos chamados a ser, na comunhão com
Jesus Cristo, homens de paz, somos chamados a opor-nos à violência e a confiar
no poder maior do amor.
Também pertence ao simbolismo do óleo o fato de que este
robustece para a luta. Isto não contradiz o tema da paz; é, antes, uma parte
deste. A luta dos cristãos consistia, e consiste, não no uso da violência, mas
no fato de que estes estavam, e ainda estão, prontos a sofrer pelo bem, por
Deus. Consiste no fato de que os cristãos, como bons cidadãos, respeitam o
direito e fazem aquilo que é justo e bom. Consiste no fato de que rejeitam
fazer aquilo que, nos ordenamentos jurídicos em vigor, não é direito, mas
injustiça. A luta dos mártires consistia no seu “não” concreto à injustiça:
rejeitando a participação no culto idolátrico, na adoração do imperador,
recusaram-se a ajoelhar-se diante da falsidade, da adoração de pessoas humanas
e do seu poder. Com o seu “não” à falsidade e a todas as suas conseqüências,
exaltaram o poder do direito e da verdade. Assim, serviram a verdadeira paz.
Também hoje, é importante para os cristãos seguir o direito, que é o fundamento
da paz. Também hoje, é importante para os cristãos não aceitar uma injustiça
que é elevada a direito – por exemplo, quando se trata do assassinato de
crianças inocentes ainda por nascer. É justamente assim que servimos a paz e
vivemos seguindo os passos de Jesus Cristo, de quem São Pedro diz: “Quando injuriado,
não retribuía as injúrias; atormentado, não ameaçava; antes, colocava a sua
causa nas mãos daquele que julga com justiça. Sobre sua cruz, carregou nossos
pecados em seu próprio corpo a fim de que, mortos para os pecados, vivamos para
a justiça” (1 Pd 2, 23s).” – https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2010/documents/hf_ben-xvi_hom_20100401_messa-crismale.html#:~:text=De%20fato%2C%20nos%20v%C3%A1rios%20Sacramentos,faltar%20o%20%C3%B3leo%20da%20miseric%C3%B3rdia
– último acesso em 25 de dezembro de 2024.
Caros irmãos,
Em procissão entram na Igreja Catedral o portador dos
perfumes, o portador do óleo dos catecúmenos, o portador do óleo dos enfermos e
o portador do óleo do crisma com aquela bonita antífona: “Acolhei, ó Redentor,
nossos hinos de louvor!” Antes do Bispo dizer a Doxologia “Por Cristo, com
Cristo, e em Cristo”, o portador do vaso com o óleo dos enfermos leva-o ao
centro do altar e o mantém diante do Bispo, este benze o óleo, dizendo a
seguinte oração: “Ó Deus, Pai de toda a consolação, que pelo vosso Filho quisestes
curar os males dos enfermos, atendei à oração de nossa fé: enviai do céu o
vosso Espírito Santo Paráclito sobre este óleo generoso, que por vossa bondade
a oliveira nos fornece para alívio do corpo, a fim de que pela vossa santa +
bênção seja para todos com ele forem ungidos protegidos do corpo, da alma e do
espírito, libertando-os de toda dor, toda fraqueza e enfermidade. Dignai-vos
abençoar para nós, ó Pai, o vosso óleo santo, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo. Que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém”.
O óleo dos catecúmenos será benzido depois de concluída a
oração depois da Comunhão, os vasos com os óleos a serem abençoados são
colocados pelos ministros sobre uma mesa preparada no meio do presbitério. O
Bispo, cercado pelos presbíteros concelebrantes em forma de coroa, enquanto os
outros ministros permanecem atrás, procede, se for o caso, a bênção do óleo dos
catecúmenos e, em seguida, à consagração do crisma. Quando da consagração do
Crisma o Bispo derrama os perfumes no óleo e confecciona o Crisma em silêncio,
a não ser que já tenha sido preparado. O Bispo, se for oportuno, sopra sobre o
vaso do Crisma e, diz, de braços, abertos uma das orações de consagração.
Óleo do Crisma: Significa
a plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar “o bom
perfume de Cristo”. É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o
cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como
adulto na fé. Este óleo também usado no sacramento da ordem, (Sacerdotes) para
ungir os “escolhidos” que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus,
conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos.
Óleo dos Catecúmenos: Significa
a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, libertação e
preparação para o nascimento pela água e pelo Espírito, para os que irão
receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água.
Óleo dos Enfermos: É
usado no sacramento dos enfermos, conhecido como “extrema-unção”. Ele simboliza
a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da
pessoa na doença e no sofrimento, ao mesmo tempo em que tem todo um significado
de preparação da passagem desta vida para a vida eterna.
Irmãos caríssimos,
Que esta celebração de bênção dos santos óleos anime cada
vez mais, na união do presbitério com o seu arcebispo, na comunhão necessária e
básica para que se prolongue na história os mistérios da salvação. A Igreja
Católica, única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, nos convida a
partir da instituição da Eucaristia e da renovação das promessas ministeriais a
lançarmos as redes nas águas mais profundas, procurando a santidade que vem da
Eucaristia, para que todos possamos anunciar o Evangelho àqueles que estão indiferentes
ao anúncio da Salvação.
O Sacerdócio de Cristo está intrinsecamente unido ao
mistério da Encarnação, cujo 2025 anos celebramos neste Ano jubilar. Está
inscrito na sua identidade de Filho encarnado, de homem-Deus. A existência
terrena de Cristo, a sua “passagem” na história, desde que foi concebido no
seio da Virgem Maria até à sua subida à direita do Pai, constitui um único
evento sacerdotal e sacrifical, inteiramente sob a “unção” do Espírito Santo
(cf. Lc 1, 35; 3, 22).
Neste dia encontramos de modo especial Cristo, Sumo e
Eterno Sacerdote, e cruzamos espiritualmente a Porta Santa, neste Ano Jubilar,
que de par em par abre a todo o homem a plenitude do amor salvífico. Assim como
Cristo foi dócil à ação do Espírito na condição de homem e de servo obediente,
assim também o batizado e, de modo particular, o ministro ordenado devem
sentir-se empenhados em realizar a própria consagração sacerdotal no humilde e
fiel serviço a Deus e aos irmãos.
Deus abençoe a todos os sacerdotes! Deus lhes pague pelo
seu ministério sacerdotal e pelas muitas vezes que perdoaram os pecados e
restabeleceram a amizade dos fiéis com Deus e com a Igreja. O sacerdote é outro
Cristo e a sua ação ministerial é santificação para o povo de Deus! Contem com
minhas orações! Cristo morreu na Cruz pela nossa salvação, portanto, todos
devemos morrer pela nova evangelização. Assim seja!
Padre Wagner Augusto Portugal
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