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Celebração da Páscoa



Chegamos mais a uma celebração da Páscoa! Vivamos intensamente o mistério central de nossa fé católica!

A celebração da Vigília Pascal na noite do Sábado Santo é a mais importante de todas as celebrações cristãs, porque comemora a ressurreição de Jesus Cristo. A Vigília, que significa passar “uma noite velando”, tem um sentido especial na véspera pascal, porque recorda a passagem bíblica (Mt 28,1-10), na qual um grupo de mulheres chega ao sepulcro para terminar de embalsamar Jesus, mas não encontram seu corpo. Em seguida, um anjo aparece a elas e diz: “Não tenhais medo! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! Vinde ver o lugar em que ele estava. Ide depressa contar aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos, e que vai à vossa frente para a Galileia. Lá vós o vereis. É o que tenho a dizer-vos.” (Mc 28,5-7). Na Vigília Pascal, celebra-se a Ressurreição que está adornada pelo cumprimento de todas as profecias e a recuperação vital da vida de Jesus para não morrer jamais. Esta ressurreição é a que nos ensina, mais claramente do que qualquer outra coisa, o cumprimento das palavras de Jesus em nossa vida. Assim como Jesus Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia, também o cristão que morre em Cristo ressuscitará no fim dos tempos. No início da Vigília, depois de acender o círio pascal, proclama-se a Ressurreição e recita-se a Proclamação da Páscoa. Nela se relata brevemente a história da salvação desde a criação, a provação e queda de Adão, a espera e libertação do povo de Israel, até a entrega de Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados e nos leva à salvação. A Proclamação da Páscoa é dirigida a toda a humanidade, mas especialmente aos cristãos. Santo Agostinho nos convida a recordá-la constantemente, porque é uma mensagem de esperança e nos transmite a vitória da luz sobre a escuridão. Após as leituras, segue a Liturgia Batismal ou, pelo menos, a bênção da água e a renovação das promessas batismais. Participe da Vigília Pascal na sua Paróquia. Ela é a celebração central de nossa fé!

No dia 20 de abril iremos celebrar o domingo da Páscoa. Páscoa (do hebraico Pessach) significa passagem. É uma grande festa cristã para nós, é a maior e a mais importante festa. Reunimo-nos como povo de Deus para celebrarmos a Ressurreição de Jesus Cristo, Sua vitória sobre a morte e Sua passagem transformadora em nossa vida. O Tempo Pascal compreende cinquenta dias a partir do domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes, vividos e celebrados com grande júbilo, como se fosse um só e único dia festivo, como um grande domingo. A Páscoa é o centro do Ano Litúrgico e de

toda a vida da Igreja. Celebrá-la é celebrar a obra da redenção humana e da glorificação de Deus que Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a morte; e ressuscitando, renovou a nossa vida. Foi com a intenção de celebrar a Páscoa de Cristo que, desde os primórdios do Cristianismo, os cristãos foram organizando esta bela festa. Mas a partir de muitas propagandas midiáticas e de muitos outros costumes da nossa sociedade, vemos, sem dúvidas, que essa bela intenção foi se perdendo. Para muitos a Páscoa virou sinônimo de um “feriadão” ao lado de muitos outros feriadões, com o único objetivo de quebrar a monotonia da vida; com intenções e modos que não expressam os reais valores e sentidos da grande festa que é a Páscoa.

A Páscoa faz nascer em nós sentimentos de alegria, de paz, de liberdade e de esperança. A festa da Páscoa é bastante antiga na História da Salvação. Depois de termos celebrado a instituição da Eucaristia, a morte de nosso Senhor Jesus Cristo e sua ressurreição. A comunidade cristã é chamada a celebrar a vida que venceu a morte. Como é uma grande solenidade nós temos a Oitava da Páscoa. A Igreja deseja que nos “oito dias de Páscoa” (Oitava de Páscoa) vivamos o mesmo espírito do Domingo da Ressurreição, colhendo as mesmas graças. Assim, a Igreja prolonga a Páscoa, com a intenção de que “o tempo especial de graças”, que significa a Páscoa, estenda-se por oito dias, e o povo de Deus possa beber mais copiosamente, e por mais tempo, as graças de Deus neste tempo favorável, onde o céu beija a terra e derrama sobre ela suas bênçãos copiosas.

A primeira semana é a “Oitava da Páscoa”. Ela termina com o domingo da oitava, chamado “in albis”, porque, neste dia, os recém-batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do batismo. Esse é o Tempo Litúrgico mais forte de todo o ano. É a Páscoa (passagem) de Cristo da morte à vida, a sua existência definitiva e gloriosa. É a Páscoa também da Igreja, seu Corpo. No dia de Pentecostes, a Igreja é introduzida na “vida nova” do Reino de Deus. Daí para frente, o Espírito Santo guiará e assistirá a Igreja em sua missão de salvar o mundo, até que o Senhor volte no Último Dia, a Parusia.

Só pode beneficiar-se dessas graças abundantes e especiais aqueles que têm sede, que conhecem, acreditam e pedem. É uma lei de Deus, e quem não pede não recebe. E só recebe quem pede com fé, esperança, confiança e humildade.

Vivamos intensamente estes oito dias da Páscoa – com muita alegria e cantando Aleluias porque o Cristo Ressuscitou verdadeiramente aleluia!

Tempo Pascal: Após o domingo de Páscoa, a Igreja vive o Tempo Pascal. São sete semanas em que a Liturgia celebra a presença de Jesus Cristo Ressuscitado entre os Apóstolos, dando-lhes as suas últimas instruções (At 1,2). Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus teve a Sua ascensão ao Céu e, ao final dos 49 dias, enviou o Espírito Santo sobre a Igreja reunida no Cenáculo com a Virgem Maria. É o coroamento da Páscoa. O Espírito Santo dado à Igreja é o grande dom do Cristo glorioso.

O Tempo Pascal compreende esses cinquenta dias (em grego = “pentecostes”) vividos e celebrados “como um só dia”. Dizem as “Normas Universais do Ano Litúrgico” que “os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, “como se fosse um único dia festivo”, como um grande domingo” (n. 22).

É sempre bom afirmar que ao amanhecer de domingo, Maria Madalena, Joana e Maria – mãe de Tiago – foram ao sepulcro levando perfume que haviam preparado. Encontraram a pedra que fechava o sepulcro removida e o corpo de Jesus, já não estava lá. As santas mulheres foram até o tumulo para ungir o Senhor; quando lá chegaram receberam a notícia de que o Senhor não estava mais lá. Uma das mulheres diz para aquele que a recebeu: roubaram o meu Senhor! E ela recebe a resposta do anjo que lá estava parado na porta do tumulo: Ele não está mais aqui, Ressuscitou.

A Páscoa marca a Ressurreição de Cristo, a vitória da vida sobre a morte. Essa é a verdade na qual os cristãos são convidados a anunciar. Porque como nos ensina o apostolo Paulo vã seria nossa fé se o Senhor não tivesse ressuscitado e essa alegria, essa certeza que queremos comunicar aos nossos irmãos: o Senhor venceu a morte indicando que um dia também faremos a mesma ressurreição. Viveremos juntos na mesma eternidade com o pai. E o cristo já nos antecipou esta realidade”.

Nestes cinquenta dias de Tempo Pascal, e de modo especial na Oitava da Páscoa, o Círio Pascal é aceso em todas as celebrações, até o domingo de Pentecostes. Ele simboliza o Cristo ressuscitado no meio da Igreja. Ele deve nos lembrar que todo medo deve ser banido, porque o Senhor ressuscitado caminha conosco, mesmo no vale da morte (Sl 22). É tempo de renovar a confiança no Senhor, colocar em Suas mãos a nossa vida e o nosso destino, como diz o salmista: “Confia os teus cuidados ao Senhor e Ele certamente agirá” (Salmo 35,6). Este é, portanto, um tempo de grande alegria espiritual, onde devemos viver intensamente na presença do Cristo ressuscitado, que transborda sobre nós os méritos da Redenção. É um tempo especial de graças, onde a alma mais facilmente bebe nas fontes divinas. É o tempo de vencer os pecados, superar os vícios, renovar a fé e assumir com Cristo a missão de todo batizado: levar o mundo para Deus através de Cristo. É tempo de anunciar o Cristo ressuscitado e dizer ao mundo que somente nele há salvação.

Jesus Cristo Ressuscitou verdadeiramente, aleluia, aleluia, aleluia! Santa e abençoada Páscoa para todos!

Padre Wagner Augusto Portugal

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